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Evanesce a vida de uma rockeir

[editar] O início: 1995–2001

No ano de 1994, em Little Rock, Arkansas, inicia-se a história da banda Evanescence. Ben Moody, com apenas quatorze anos de idade, participava de um acampamento para jovens promovido pela igreja local. Enquanto Ben acompanhava uma partida de basquetebol, percebeu do outro lado do ginásio, num palco, uma garota cantando e tocando ao piano a introdução da canção "I'd Do Anything for Love", do músico americano Meat Loaf.

A jovem, com apenas treze anos, que havia mudado-se recentemente com sua família para Little Rock, chamava-se Amy Lynn Lee. Seus pais, preocupados com o seu isolamento social, haviam encaminhado a garota para aquele acampamento, a fim de que pudesse fazer amizades e integrar-se entre os jovens cristãos da cidade. Mas Amy passava horas ao piano e pouco se interessava em conhecer os demais participantes.

Ao ouvi-la tocando, Ben Moody atravessou a quadra em direção à garota, ao aproximar-se, apresentou-se. Logo começaram a conversar; Amy mostrou a Ben algumas composições de sua autoria e concluíram que tinham a mesma tendência musical. Assim, Ben convenceu Amy a formarem uma banda. A banda, que até aquele momento era formada por apenas Ben, que fazia guitarras, baixo e arranjos eletrônicos; e Amy, responsável pelo piano e vocais; passaram por vários nomes como Childish Intentions e Strycken até resolverem chamar a banda de Evanescence, que significa "desaparecimento" (do verbo latino "evanescere", que significa "desaparecer"). O nome agradou Lee, porque segundo ela "é misterioso e sombrio, e coloca uma imagem na mente das pessoas".[5][6]

Da esquerda para direita: John LeCompt, Amy Lee, Terry Balsamo, Rocky Gray, e Tim McCord.

Influênciados pelo som de artistas como Danny Elfman, Type O Negative, Portishead e Sarah McLachlan, uma das primeiras composições gravadas pela dupla chama se "Understanding", que é definida pelo guitarrista, Ben Moody, como "um gótico ridículo de sete minutos". Mesmo assim, uma emissora de rádio de Little Rock, a KABF, passou a tocá-la num programa co-apresentado por Brad Caviness. Através desta divulgação, a Evanescence foi ganhando reputação e logo tornaram-se conhecidos em Little Rock. Apesar disso, por falta de condições para pagar outros músicos, a dupla ainda não tinha feito nenhuma apresentação ao vivo.

Entre 1997 e 1998, a Evanescence lança demos que levavam apenas quatro faixas, incluindo "October". O primeiro EP, lançado em dezembro de 1998 pela gravadora Bigwig Enterprises, leva o próprio nome da banda, Evanescence EP; e conta com as participações de William Boyd, Matt Outlaw e Rocky Gray.

Este trabalho, que trazia apenas sete faixas, foi lançado na primeira apresentação ao vivo realizada em um bar chamado Vino's, em Little Rock. Todas as cem cópias disponibilizadas para venda esgotaram-se na mesma noite da apresentação. Com a popularidade fortalecida, porém, conhecida apenas regionalmente, a banda produz e lança em agosto do ano seguinte, mais um EP, "Sound Asleep EP", além de "Give unto Me", trás mais cinco faixas. Mas a gravadora produziu apenas cinquenta cópias. A partir deste momento, o Evanescence já contava com músicos para suas apresentações ao vivo; David Hodges, John LeCompt e Rocky Gray. O próximo trabalho já começa a ser preparado.

A gravadora Bigwig Enterprises decide investir nos jovens e talentosos músicos de Little Rock. O repertório foi cuidadosamente montado com treze faixas, entre elas, "My Immortal" e "Imaginary". Origin foi produzido por Brad Caviness e lançado em novembro de 2000 numa edição com 2500 cópias. Além de Ben e Amy, David Hodges, como baterista, tornou-se integrante oficial. Também participaram das gravações William Boyd, Bruce Fitzhugh, Stephanie Pierce e um grupo composto por quatro vozes femininas que fez coral em "Field of Innocence".

Desse modo, a Evanescence, aos poucos, conquistava seu espaço e uma maturidade musical das bandas veteranas. Mas ainda faltava um golpe de sorte que lhes desse a oportunidade de se projetar por toda a América. Isto aconteceu quando o produtor e executivo da gravadora Wind-Up Records, de Nova York, Peter Mathews, conheceu o trabalho da banda em um estúdio de Memphis, Tennessee. Era o detalhe que faltava. Peter apresentou os jovens músicos à gravadora e o contrato foi assinado. Wind-Up e Evanescence trabalharam durante dois anos montando o repertório do primeiro álbum.

[editar] Fallen: 2002–2003

Fallen, gravado em Los Angeles, trouxe onze faixas em seu repertório, a maioria composta pelo trio Amy Lee, Ben Moody e David Hodges. Nas gravações deste trabalho, David assumiu o piano e teclado.

Amy Lee e Ben Moody em um show em Barcelona em 2003.

A maior parte da produção ficou por conta de Dave Fortmann, mas Ben e Jay Baumgardner também cooperaram em "Bring Me to Life" e "My Immortal", respectivamente. Além dos músicos da banda, Francesco DiCosmo e Josh Freese participaram da gravação. A vendagem deste álbum foi de 16 milhões de discos no mundo inteiro.[7]

Fallen foi o disco que definitivamente lançou a banda para o mundo e que rendeu muitos dólares e reconhecimento. Neste momento, a formação já estava estabilizada, com os amigos John LeCompt (guitarra), Rocky Gray (bateria) e Will Boyd (baixo), e pronta para percorrer o mundo em turnês.

Em apenas seis semanas o álbum vendeu mais de 1 milhão de cópias e conquistou o disco de platina. As canções "Bring Me to Life" e "My Immortal" foram inclusas na trilha sonora do filme "O Demolidor" (Daredevil), fato que contribuiu muito para a popularidade da banda. Ainda, as quatro primeiras faixas de Fallen ganharam uma versão videoclipe: "Going Under", "Bring Me to Life", "My Immortal" e "Everybody's Fool".

Em 24 de outubro de 2003, durante uma turnê européia, Ben Moody anuncia seu desligamento da banda, alegando diferenças criativas.[8][9] A notícia foi recebida com perplexidade e decepção pelos fãs. Os motivos que levaram Ben a tomar esta atitude não ficaram muito claros. Por um tempo, os integrantes evitavam tocar no assunto. Mas um tempo depois, Amy declarou que a "sintonia" entre eles já não era como antes e, para o bem da banda, um deles tinha que sair. Amy disse também que Ben foi mesquinho ao abandoná-los em plena turnê.

Para seu lugar, o guitarrista do Cold, Terry Balsamo foi convidado para acompanhá-los até o fim das apresentações.[10] Logo depois Terry Balsamo assumiu oficialmente o lugar de Ben, sendo efetivado no início de 2004. Amy Lee diz ter sido por causa da amizade que Terry criou com a banda e pelos elogios dos integrantes em suas apresentações, mais ainda pelo fato de Amy ter conhecido o potencial que Terry tinha para compor. Ben deu continuidade em sua carreira musical produzindo e gravando com outros artistas.

No ano de 2004 a popularidade da Evanescence foi ampliada e a banda mostrou à mídia e aos fãs que a saída de Ben Moody não atrapalhou a carreira. Até fevereiro, somente nos Estados Unidos, Fallen já tinha vendido mais de 4 milhões de cópias. Premiações como os diversos Grammys europeus; além de várias indicações e outros tantos prêmios conquistados na imprensa especializada, fizeram a rotina da banda naquele ano. Porém, boatos em torno do suposto namoro de Amy e Ben, contribuíram, negativamente, para uma maior exposição do grupo na mídia.

[editar] Anywhere but Home: 2004–2005

Em novembro de 2004, foi lançado pela mesma gravadora o CD e DVD gravado em Paris Anywhere but Home. O DVD contém treze faixas e os quatro videoclipes, além de quase uma hora de bastidores. O CD contém as treze faixas do DVD e um bônus, a canção "Missing" gravada em estúdio. Neste mesmo ano tiveram início os boatos sobre o próximo álbum.

[editar] The Open Door: 2006–2009

Em seguida, Amy processa seu empresário Dennis Rider, por assédio sexual e o guitarrista Terry Balsamo tem um acidente vascular cerebral. Apesar dele ter se recuperado rapidamente, isto adiou o lançamento do álbum seguinte. Apenas no início de 2006, a banda confirmou o lançamento para o dia 3 de outubro e divulga seu nome: The Open Door (em português A Porta Aberta).

Pouco antes de seu lançamento, Will Boyd decide sair da banda, afirmando que precisa passar mais tempo com a família. Ele é substituído às pressas por Tim McCord. Pouco depois, a banda lança o primeiro single deste álbum, "Call Me When You’re Sober".

Evanescence em show no Le Zénith, Paris em 2004.

O álbum tem a maioria das músicas compostas por Amy e Terry e é um álbum mais pessoal e maduro, nas palavras de Amy, o que não deixou de agradar os fãs no mundo inteiro.

O álbum, que até o momento vendeu mais de sete milhões de cópias mundialmente,[11] ficou mais de cem semanas na lista dos álbuns mais vendidos da Billboard,[12] e ganhando um disco de platina nos Estados Unidos, além da classificação de "Álbum do Ano" na Austrália.[11]Em plena semana de estréia, nos Estados Unidos, foram vendidos até às 14:48 de 10 de outubro de 2006 cerca de 407.883 mil cópias do disco,[13] o que foi suficiente para o álbum estrear em primeiro lugar na BillBoard e permanecer em primeiro por três semanas. Na sua segunda semana, aproximadamente 725 mil cópias foram vendidas. Em 8 de novembro de 2006, a banda ganhou um disco de platina nos Estados Unidos.[14] De acordo com o United World Chart, The Open Door vendeu 1,758,797 milhões de cópias só nos Estados Unidos até 11 de julho de 2007[15] e 4,63 milhões mundialmente até 24 de março de 2007.[16]

Em maio de 2007, Amy Lee despede John LeCompt da banda, pois, segundo ela, ele se preocupava com o seu projeto alternativo, a banda Machina. Rocky Gray também sai da banda, sem uma explicação.[17] Expecula-se que ele saiu devido ao seu amigo, John, ter sido despedido. Então os dois retomam o Machina. São arranjados substitutos provisórios para eles, Will Hunt como baterista e Troy McLawhorn como guitarrista.

Em julho, é anunciado o nome do quarto single e clipe do The Open Door, desta vez a faixa escolhida foi a "Good Enough", última faixa do álbum. O clipe oficial, saiu em 10 de setembro de 2007, tem 4:44 ao todo, e tem efeitos especiais. No dia 18 de junho de 2008, Amy Lee se apresentou no evento NMPA onde foi premiada por suas composições, segundo fãs presentes, Amy tocou as canções "Lithium" e uma nova canção escrita por ela, apelidada pelos fãs de Wait Forever (nome verdadeiro é Your Love), isso fez com que muitos fãs ficassem entusiasmados com a esperança de um novo álbum.

[editar] Novo álbum: 2010

Em junho de 2009, Amy Lee postou no site oficial da banda que eles estão trabalhando em um novo material para um álbum proposto para 2010. Ela escreveu ainda que este será uma evolução do trabalhos anteriores e será "melhor, mais forte, e mais interessante".[4]

Em agosto do mesmo ano, Tim McCord confirmou pelo MySpace que o Evanescence iria ao Brasil para se apresentar em uma das noites do Maquinária Festival 2009, em novembro. Logo mais, Amy Lee postou no fórum da banda: "Vocês, fãs do Brasil, são uns dos nossos melhores e mais loucos fãs, que a gente simplesmente decidiu ir!" - declarou.

Amy tuitou em seu Twitter no dia 8 de janeiro de 2010 que as gravações para o terceiro álbum oficial da banda começarão em fevereiro: "Nós estamos oficialmente entrando no estúdio para gravar nosso terceiro álbum no próximo mês. Estou mais que empolgada e pretendo mantê-los atualizados ao longo do tempo!". Ela concluiu no fórum oficial da banda que o álbum será "mais eletrônico", com influências de Depeche Mode, MGMT e Bat for Lashes.

No dia 22 de janeiro de 2010, a banda divulgou a canção "Together Again" como incentivo para doações às vítimas do terremoto no Haiti. Esta canção foi originalmente composta para o filme As Crônicas de Nárnia - O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa, mas não foi aceita por ser considerada muito "sombria". No dia 3 de fevereiro, Amy postou no EvClub que as gravações começarão no dia 22 de fevereiro. O novo álbum será produzido pelo produtor Steve Lillywhite.

A banda tinha parado as gravações do novo álbum para compor novas músicas, disse Amy. No dia 21 de Junho, ela postou no EvThreads que a banda voltará no estúdio em breve.[18]

[editar] Em outras mídias

John LeCompt, ex-guitarrista da Evanescence.

No início de 2005, a canção "Breathe No More" é inclusa na trilha sonora do filme Elektra. Este foi um ano difícil para o Evanescence. Inicialmente, o americano Trevin Skeens processa a gravadora, afirmando que comprou o DVD Anywhere but Home e se sentiu ofendido com a canção "Thoughtless" (música da banda Korn) devido a alguns termos usados na música, tais como palavrões. Skeens exigiu uma indenização de 57 mil dólares.

Amy Lee disse ter escrito uma música para o filme As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa (The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe), mas que foi recusada, por ser "pesada". "Eu escrevi uma música para o filme, que eu amo muito, mas ela foi rejeitada pela produção. Eles disseram que a música era "muito dark" e ‘muito épica’, eu pensei sobre isso e decidi que não vou prejudicar minha arte por nada", comentou Amy Lee no EvBoard, um fórum virtual americano utilizado pela banda para manter contato com os fãs sobre novidades.[19] Outra música supostamente feita para o filme, foi "Lacrymosa".[20] Os produtores do filme, entretanto, refutaram a sua alegação, afirmando que esta informação era "novidade para eles", e que nenhuma música da Evanescence tinha sido planejada para inclusão na trilha sonora.[21]

No dia 24/08/2010, Ben Moody apareceu no EvBoard [22] postando uma mensagem dizendo qual foi a causa verdadeira de sua saída, após 7 anos sem se pronunciar.

[editar] Estilo musical

Classificar o estilo musical de qualquer banda atualmente é um problema, que não se limita apenas à banda Evanescence. Publicações como o New York Times, Rough Guides, Rolling Stone, Blender e The Metal Observer identificaram a Evanescence como gothic metal,[23][24][25][26][27] embora outras fontes como NME, MusicMight, IGN e Popmatters à denominou como gothic rock.[28][29][30][31] Eles foram comparados com uma variedade de bandas de diferentes gêneros, como o nu metal de conjuntos como P.O.D. e Linkin Park,[32][33] metal gótico como Lacuna Coil,[34][35] e metal sinfônico de grupos como Nightwish e Within Temptation.[36] Outros gêneros e influências são utilizados para descrever o som da banda que incluem metal alternativo,[29][37] rock alternativo,[29][38] hard rock[29]e post-grunge.[39]

Porém, o primeiro álbum oficial da banda, Fallen, foi ligeiramente diferente dos trabalhos anteriores da mesma, motivo que levou muitos fãs a afirmarem que seu estilo mudou muito. O som passou a ser "dinâmico", rápido, o que levou muitos a classificarem tal álbum como comercial. É exatamente nessa fase que a banda recebe o rótulo de nu metal, e também por ter recebido influências de outras como Korn, que pertence a esse estilo. Em entrevista à MTV, o ex-integrante Ben Moody chegou também a afirmar que a banda era um nu metal com pegadas góticas. Mais do que definir Fallen e The Open Door, a Evanescence também faz misturas de eletrônica em seu som, utilizando sintetizadores e programadores, que pode ser ouvido em várias músicas, especialmente "Anything for You", "Haunted", "Tourniquet", "Going Under" e "Snow White Queen".

Inicialmente promovidos em lojas cristãs, por terem suas músicas vendidas em lojas de música do gênero, a banda deixou claro que não querem ser considerados parte do gênero rock cristão. Quando perguntado pela Billboard em 2006 se a Evanescence foi uma "banda cristã", Amy Lee respondeu que tudo isso já era passado, e que era coisa de Moody.[40][41]

[editar] Integrantes

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